A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) foi criada a 16 de novembro de 1945, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Com sede em Paris, França, a UNESCO surgiu como uma resposta global à necessidade de promover a paz e a segurança internacional através da cooperação entre nações nas áreas da educação, ciência, cultura e comunicação. A organização é orientada pela sua missão de construir "a paz na mente dos homens e das mulheres" e enfrenta desafios globais, como a desigualdade na educação, a preservação do património cultural e o incentivo à ciência para o desenvolvimento sustentável.

Desde a sua fundação, a UNESCO contou com a liderança de notáveis diretores-gerais que ajudaram a moldar a instituição ao longo das décadas. Entre eles destaca-se Amadou-Mahtar M'Bow, o primeiro africano a assumir o cargo de Diretor-Geral, exercendo funções entre 1974 e 1987. Nascido no Senegal, M'Bow trouxe uma visão inovadora à UNESCO, promovendo um maior equilíbrio no discurso global e uma atenção especial às necessidades do Sul Global, especialmente nos domínios da educação e da cultura. A sua liderança marcou um período de transformação significativa na organização, reforçando o papel da UNESCO na promoção da igualdade e da diversidade cultural.

Até aos dias de hoje, a UNESCO tem sido liderada por personalidades de renome que refletem a pluralidade das suas missões. Desde 2017, a organização é liderada pela Mme Audrey Azoulay, cuja gestão tem enfatizado a relevância da educação e da cultura como pilares da paz e desenvolvimento sustentável.

Angola tornou-se membro da UNESCO a 11 de novembro de 1977, um marco que simbolizou o compromisso do país com a promoção da educação, ciência e cultura no âmbito internacional. Reconhecendo a importância estratégica da UNESCO, Angola estabeleceu a sua Delegação Permanente junto à organização, com sede em Paris, reforçando a sua presença ativa nas discussões globais e regionais promovidas pela instituição. O primeiro Chefe de Missão e Representante Permanente de Angola na UNESCO foi o Embaixador Domingos Van-Dunem, um destacado diplomata que assumiu o papel de fortalecer os laços entre o país e a organização.

Desde então, a Delegação Permanente de Angola tem desempenhado um papel dinâmico na promoção de iniciativas que refletem as prioridades nacionais e contribuem para os objetivos globais da UNESCO, como a proteção do património cultural angolano e o fortalecimento da educação como um direito humano fundamental. Esta parceria estratégica entre Angola e a UNESCO continua a florescer, reafirmando o compromisso do país com a construção de uma sociedade global mais inclusiva, equitativa e pacífica.